Diferentemente do homem, a mulher nasce com uma capacidade reprodutiva pré determinada, devido a diminuição progressiva da população de óvulos durante a vida. Elas apresentam a maior quantidade de óvulos quando ainda são um feto e possuem apenas 20 semanas de vida intrauterina. Após este período uma perda progressiva da população oocitária ocorre, acentuando-se sobretudo após os 35 anos.

Uma importante mudança no perfil reprodutivo feminino também foi observada nas últimas décadas, onde as mulheres passaram a adiar as gestações consideravelmente. Este fato deve-se sobretudo a inserção da mulher no mercado de trabalho, onde a estabilidade financeira, status acadêmico e carreira profissional tornaram-se prioridades. Devido a esta mudança, um número considerável de mulheres apresenta dificuldades para engravidar quando desejam, e este obstáculo é cada vez mais evidente com o passar dos anos.

Em contrapartida, tratamentos de preservação da fertilidade surgiram e foram incialmente indicados para pacientes que se submeteriam a tratamentos contra o câncer. Estes tratamentos podem ser tóxicos para os ovários. Porém, pela simplicidade das técnicas e pelos resultados promissores apresentados, uma grande parcela das mulheres que realizam atualmente a preservação da fertilidade não estão doentes, mas desejam preservar sua capacidade de serem mães no futuro.

Dentre as técnicas de preservação da fertilidade disponíveis figuram o congelamento de óvulos, embriões e tecido ovariano. O congelamento de óvulos é o tratamento de eleição para preservação da fertilidade social, visto a rapidez do procedimento e seus baixos riscos. Além do mais, congelar óvulos (células) não implica em dilemas éticos, morais e religiosos.

Para realizar o procedimento, utilizamos hormônios semelhantes aos produzidos pela própria paciente, porem em uma maior concentração por um curto período de tempo. O objetivo destes medicamentos é estimular os ovários a produzirem uma maior quantidade de óvulos no ciclo menstrual. Após isso, realizamos a aspiração destes folículos com uma agulha fina guiada pelo ultrassom em busca dos óvulos maduros. Estes óvulos serão congelados em seguida, sob novas técnicas de congelamento rápido (vitrificação), que permitem altíssimas taxas de sobrevivência celular.

Estes tratamentos costumam durar em média 8-12 dias, e ao termino da estimulação, os ovários regridem rapidamente ao tamanho normal, devido ao bloqueio dos hormônios realizado pela medicação que amadurecem estes óvulos.

Quando estas mulheres desejarem engravidar (numa idade mais avançada), podem tentar espontaneamente por um período, e se não obtiverem sucesso, poderão recorrer aos óvulos previamente congelados. Não existe tempo máximo para sua utilização, existindo na literatura relatos de gravidez após descongelamento de gametas congelados a mais de 20 anos. A qualidade dos embriões gerados com os óvulos descongelados será compatível com a idade em que o procedimento foi realizado.

Para utiliza-los, descongelamos estes óvulos, fecundamos com o espermatozoide do parceiro ou do banco de sêmen, geramos um embrião em laboratório, o cultivamos em incubador, e o transferimos para dentro do útero. Durante este mesmo período realizamos o preparo do útero com medicações via oral para receber este embrião. (este processo costuma durar em média 2-3 semanas).

Portanto, mulheres que desejam ser mães algum dia, porém não planejam gestação no momento (pelos mais diversos motivos) devem passar por consulta com um médico especialista em reprodução humana, onde sua reserva ovariana, os tempos necessários para realização do procedimento e o prognostico serão avaliados de maneira individualizada.

Dê o primeiro passo para a
realização do seu maior sonho.

este é o melhor caminho para a construção da sua família.

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Dr. Henrique Dall'Agnol

Especialista em Reprodução Humana IVIRMA

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