A Hidrossalpinge é uma doença tubária causadora de infertilidade caracterizada por acúmulo anormal de líquido nas trompas uterinas. Este acometimento pode ter inúmeras causas, dentre elas a obstrução tubária e as infecções ginecológicas (sobretudo por chlamydia trachomatis).
Devido ao próprio edema causado nas paredes tubárias ou por alterações celulares devido a infeção, ocorre um aumento importante de secreção produzida no interior das trompas, que pode refluir para a cavidade uterina.
Este assunto é muito importante se tratando de Reprodução Humana e Infertilidade, pois a Hidrossalpinge pode interferir na implantação embrionária, visto que este líquido produzido pode refluir para cavidade uterina e por um mecanismo mecânico e contrátil pode dificultar a implantação. Além dos mais, algumas teorias sugerem que este fluido produzido devido a alterações celulares tubarias também exerce um efeito tóxico ao embrião.
Devido as melhores resoluções dos aparelhos ultrassonográficos atualmente disponíveis, não é incomum encontrarmos estes achados na população infértil. Durante a realização da histerossalpingografia, também é possível diagnostica-la, onde a
dilatação tubária é visualizada. Os quadros tentem a ser mais graves quanto maior for a dilatação e maior a quantidade de liquido, sobretudo se for bilateral (nas duas trompas).
Deste modo, a cirurgia para remoção das trompas em tratamentos de Reprodução Assistida deve ser sempre discutida com o seu médico, visto que a retirada videolaparoscópica (por vídeo) pode facilitar a implantação embrionária e melhorar os
resultados reprodutivos.
Fique atento, se você está a mais de 1 ano tentando engravidar e está com dificuldades,
marque uma consulta com um especialista. 😉
